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O que fazer em Hong Kong: um roteiro de 4 dias

Se você está planejando uma viagem à Ásia e deseja saber o que fazer durante 4 dias em Hong Kong, está no lugar certo.

Hong Kong, região administrativa especial da República Popular da China, é um centro financeiro internacional que impressiona pelo crescimento vertical.

Apesar de ser composta por 18 distritos, apenas 3 são visados pelos viajantes: a ilha de Hong Kong, Kowloon e Lantau.

Na ilha, as áreas Central e Sheung Wan guardam tradições chinesas e construções da era colonial inglesa; Wan Chai é dinâmico e moderno e, North Point é uma área movimentada que mistura comércio, moradia e espaços ao ar livre.

Do outro lado da baía, em Kowloon, Tsim Sha Tsui é uma área comercial com shoppings e lojas de grife enquanto que Mong Kok abriga as mais tradicionais e populares ruas comerciais que, divididas em seções, são dedicadas a venda de um determinado tipo de produto: peixes decorativos, flores, pássaros, roupas…

Já a ilha de Lantau, oferece uma experiência mais tranquila e religiosa, com o Buda Gigante e o Mosteiro Po Lin.

Um passeio através de nossas fotos:

O que fazer em Hong Kong:

Listamos os principais pontos de interesse para você saber o que fazer em Hong Kong

  • Des Voeux Road: avenida onde os bondes de 2 andares funcionam desde 1904
  • Statue Square
  • Chater Garden: foi o Hong Kong Cricket Club de 1851 a 1975.
  • Antiga Missão Francesa
  • Victoria Peak: Montanha com o mirante de Hong Kong
  • Pedder Building
  • Central-Mid-Levels e Central Elevated Walkway: sistema de passagens elevadas para pedestres
  • Torre do Banco da China: O edifício futurista de 70 andares, com padrão entrecruzado que lembra bambu, segue os princípios do feng shui.
  • HSBC: o maior banco de Hong Kong está neste local desde 1865
  • Western Market: construção de 1906 em estilo eduardiano / vitoriano
  • Wing Lok Street (Ginseng & Bird’s Nest Street): Lojas especializadas em ginseng, barbatanas de tubarão e produtos para longevidade e energia.
  • Ko Shing Street (Herbal Medicine St.): comércio de ervas para o equilíbrio das forças yin e yang do corpo.
  • Shopping Harbour City: o maior shopping center interconectado de Hong Kong e um dos maiores complexos comerciais do mundo, conta com mais de 700 lojas.
  • Avenue of Stars: ponto de observação do porto, da Ilha de Hong Kong e do Peak.
  • Clock Tower: de 1921 é o que restou da antiga estação do trem Orient Express que ligava Londres a Hong Kong
  • Museu de Arte de Hong Kong: coleção de porcelana chinesa, bronze, jade, laca, esculturas de bambu e pinturas de Hong Kong e Macau.
  • Kowloon Park
  • Nathan Road: a rua mais famosa de Kowloon conta com lojas de jóias, de eletrônicos, óticas, boutiques…
  • Tin Hau Temple: Templo da Deusa do Mar
  • Yuen Po Street (Bird Garden): mercado de aves canoras, gaiolas, grilos vivos..
  • Fa Yuen Street e Fa Yuen Street Market: ruas de pedestres com barracas de roupas e acessórios como bijuterias, jaquetas bolsas e cintos.
  • Ladie’s Market: Comércio popular de roupas, acessórios, sapatos e brinquedos. O mercado se estende da Argyle Street (ao sul) até a Dundas Street
  • Temple Street Night Market: O Mercado de rua mais famoso de Hong Kong está em pleno funcionamento após as 19h, embora algumas barracas comecem a ser montadas a partir das 16h
  • Sinfonia de Luzes: À noite acontece o show de luzes projetadas por mais de 40 edifícios em ambos os lados do porto.
  • Buda Gigante e Mosteiro Po Lin

Nossa experiência: 4 dias em Hong Kong

Apresentamos uma proposta do que fazer em Hong Kong baseados em nossa experiência de 4 dias pois, em nossa viagem pela Ásia, quando saímos de Banguecoque, eu e D. voamos para Hong Kong.

Altere a programação ao seu bel prazer. Mas indicamos visitar a área Central (o centro financeiro) durante a semana, quando tudo está funcionando a pleno vapor.

Dia 01: Kowloon

Pegue o metrô até a estação East Tsim Sha Tsui em Kowloon.

Caminhe um pouco a beira-mar pela Avenue of the Stars (uma espécie de calçada da fama). Se você for fã de astronomia, ali pertinho está o Hong Kong Space Museum (o museu de astronomia e ciências espaciais).

Pouco mais adiante você encontrará a Torre do Relógio; resquício da antiga estação do trem Orient Express que ligava Londres a Hong Kong.

Chegando a Harbour City, deixe-se impressionar com o tamanho e a quantidade de centros comerciais repletos de lojas de griffe.

Sua próxima parada será em Kowloon Park. O parque é uma área verde de 13 hectares que abriga uma centena de espécies de pássaros. Além de um complexo esportivo e a Avenida das Estrelas dos Quadrinhos (Avenue of Comic Stars), com personagens de histórias em quadrinhos de Hong Kong e placas com impressões das mãos dos artistas criadores.

Ao sair do Kowloon Park, dirija-se a Natan Road e pegue o metro até a estação Prince Edward para conhecer alguns dos tradicionais mercados de Mong Kok.

Em Mong Kok as ruas seguem uma segmentação comercial tradicional com seções dedicadas a um único produto: peixes decorativos, flores, pássaros, etc.

O belo Mercado das Flores e o curioso Mercado de Pássaros ficam em áreas adjacentes e rendem fotos interessantes. Mas se você deseja conhecer uma área de mercado popular, existem as opções do Yuen Street Market (roupas e artigos para presentes), a Sneakers Street (artigos esportivos), o famoso Lady’s Market (roupas, bolsas e acessórios).

Existe em mercado só de jade (a preciosa pedra venerada pelos chineses) mas fica mais próximo a estação de metrô Jordan.

A noite, a pedida é o Temple Street Night Market (Mercado Noturno da Temple Street) que, apesar do nome, começa a funcionar as 16:00h e o espetáculo Sinfonia de Luzes cujo ponto de observação fica na Av. of the Stars, próximo ao Museu Astronômico.

Dia 02: Lantau

Visitar a ilha de Lantau é uma experiência mais tranquila, o que não quer dizer vazia. Afinal, Lantau é a casa do Buda Gigante e do Mosteiro Po Lin.

Como para visitar esse local religioso, você sairá do centro urbano, você verá belas paisagens.

Para ir por conta própria, opte pela praticidade. Pegue o metrô até a estação Tung Shung. Dali, caminhe até a estação do Teleférico que te levará até a vila Ngong Ping.

Ao descer do teleférico em Ngog Ping, você passará por um pequeno centro comercial de apoio para os visitantes e chegará a uma praça onde você decidirá se irá para o mosteiro Po Lin ou se irá para a base da enorme escada para o Buda Gigante.

Dia 03: Sheung Wan, área Central (incluindo o Pier) e The Peak

Se você estiver na ilha de Hong Kong, e gostar de visitar mercados municipais, pegue um dos tradicionais trams de 2 andares até o Mercado Municipal de Sheung Wan.

Na saída, passe pelo Western Market e continue perambulando por essa área da cidade. Na Wing Lok Street (Ginseng & Bird’s Nest Street) e na Ko Shing Street (Herbal Medicine St.) você verá lojas com exóticos artigos medicinais chineses. Siga subindo a Upper Lascar Row para ver as lojas de antiquidades.

Em seguida, vá para a área Central (o centro financeiro) onde além de ruas, calçadas e viadutos para automóveis, existe o chamado Central-Mid-Levels; uma extensa “rede” de passagens elevadas para pedestres interligando vários prédios e transportes públicos.

Um aviso: Tamanha verticalização “enlouqueceu” tanto o guia gps do celular (que nos auxilia em nossas andanças) quanto as nossas cabeças. Como resultado, começamos a prestar mais atenção nas placas indicativas nas ruas.

Siga para o pier pois ali está localizada a Roda Gigante de Hong Kong. Porém, apesar do visual da roda gigante ser interessante, você vai querer ver a cidade do alto.

E não existe lugar melhor do que o mirante Sky Terrace 428 no The Peak Tower. Para chegar lá, basta pegar um funicular na estação The Peak Tram – Garden Road Central.

Na volta, caminhe um pouco pelo Hong Kong Park e, se ainda tiver disposição, vá ao Pacific Place

Dia 04: Passeio de um dia a Macau

Aproximadamente 1 hora de navegação separa Hong Kong de Macau. Portanto utilizar um de seus dias para visitar Macau é totalmente plausível.

Análise da nossa experiência

A mescla de tradição e modernidade que encontramos pôs por terra nosso padrão de cidade mas nos proporcionou experiências únicas sobretudo vivenciar o conceito arquitetônico das passagens elevadas para pedestres.

Inegavelmente, observar a aplicação dos princípios milenares do Feng Shui (harmonização de energia) nos modernos projetos de edificações também foi bem interessante.

Tenha em mente que Hong Kong é uma mistura de oriente e ocidente; tradição e modernidade; concreto e natureza. Por isso incorpore essa mistura de estilos e use os tradicionais bondinhos de 2 andares para circular pela cidade admirando as modernas construções. Da mesma forma, passeie pelas lojas chiques de Tsim Sha Tsui mas não esqueça de circular pelo comércio popular de Mong Kok.

Neste sentido, com tanto a ver e tanta cultura para absorver em 4 dias, não sinta-se culpado caso optar por não fazer o bate-volta a Macau.

Como Chegar

  • Avião: O Aeroporto Internacional de Hong Kong faz a ligação com outros países e regiões da China.
  • Train Airport Express + Shuttle Bus: É o serviço de transporte do aeroporto à Hong Kong Central Station. Aliás o percurso de trem dura 24 minutos e ao chegar na Hong Kong Central Station, o usuário do Airport Express tem à disposição algumas linhas de ônibus gratuitos (free shuttle bus) que passam pelos principais hotéis. Informações em mtr airport express e em mtr free bus

Certamente que optamos por utilizar o serviço “Train Airport Express + Shuttle Bus” para ir do aeroporto ao hotel ibis North Point.

Assim, após o desembarque, seguimos as placas indicativas até o guichê da Train Airport Express para comprar os bilhetes. Entretanto, tivemos um preço especial pois como um casal, pudemos nos beneficiar da tarifa especial “group of 2”.

A viagem do trem transcorreu sem problemas. Similarmente à continuação do serviço quando chegamos na Hong Kong Central Station. Apenas nos encaminhamos até o guichê para embarcar no ônibus (shuttle bus) que nos levaria até nosso hotel. Com toda certeza, uma experiência muito tranquila.

Transporte Público

  • Octopus Card: É o passe recarregável para transportes e compras que pode ser usado nos ônibus, metrô, balsas (ferries), bondes (trams), lanchonetes e lojas que tenham o leitor do cartão. Só que, nos transportes públicos, o cartão deve ser passado pelo sensor na entrada e na saída para contabilizar o valor do percurso utilizado. Informações em Octopus

Utilizar o Octopus Card é uma tranquilidade afinal, os transportes têm diferentes tarifas e são cobrados pela distância percorrida. Ao adquirir o cartão, um valor fica retido Só que essa caução é reembolsada quando o cartão for devolvido. Sem dúvida que a praticidade impera inclusive nas máquinas automáticas para recarga dos cartões.

Onde se hospedar:

Escolhemos nos hospedar em North Point pois embora seja uma área mais residencial, possui movimento de comércio e restaurantes que são frequentados pela população local. Gostamos bastante da localização.

Também optamos por nos hospedar próximo a pontos de transporte público; uma escolha que facilitou nossa mobilidade tanto pela ilha quanto para ir a Kowloon e a Lantau.

O hotel ibis North Point foi uma escolha acertada para nosso estilo de viagem.



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Informações e Curiosidades

  • Império Britânico: A ilha tornou-se uma colônia do Império Britânico após a Primeira Guerra do Ópio (1839-1842). Originalmente confinadas à ilha, as fronteiras da colônia foram estendidas não só para a Península de Kowloon, em 1860, como também para os Novos Territórios, em 1898.
  • Região Administrativa Especial: Hong Kong, além de ser um porto livre, é um centro financeiro Internacional com grande autonomia (inclusive fiscal). No entanto, as áreas das relações exteriores e da defesa militar são controladas pela República Popular da China.
  • Etimologia: O nome Hong Kong é originário do principal produto de exportação do período colonial, o pau-de-águila, uma madeira perfumada não só usada na confecção de incensos como também de perfumes. Por causa de sua presença constante o porto começou a ser chamado de “porto perfumado”. Da mesma forma, o apelido do porto transformou-se no nome da cidade.
  • Lingua Oficial de Hong Kong: A Lei Básica estabelece que chinês e inglês são as línguas oficiais, mas não especifica qual tipo de chinês. Por consequinte, enquanto na China continental é utilizado o chinês simplificado e o mandarim, em Hong Kong costuma-se utilizar o chinês tradicional e o cantonês.

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