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Sabará: O que fazer

Se você vai a Belo Horizonte e procura o que fazer, vá a Sabará. Uma cidade barroca separada por, apenas, 25 quilômetros da capital mineira.

Sabará está situada na Estrada Real e guarda preciosidades arquitetônicas que remetem ao período colonial do Ciclo do Ouro.

O centro histórico possui trechos de ruas com calçamento em pedras onde encontram-se construções coloniais de diferentes épocas. São casas térreas e sobrados que mantiveram suas fachadas preservadas, embora tenham tido seus usos alterados.

Na Rua Dom Pedro II (antiga Rua Direita), você encontrará casarões do século XVIII. Assim como a Casa Azul e o Solar do Padre Correia que possuem escadarias de madeira jacarandá e talha em estilo Rococó (uma característica da terceira fase do Barroco Mineiro).

Já na Rua Borba Gato (antiga Rua da Cadeia) está a Casa Borba Gato, que, embora batizada em homenagem ao bandeirante desbravador, só foi construída em 1814.

Assim, andar pelo centro histórico de Sabará é a oportunidade de realizar uma curta viagem no tempo da história brasileira.

Um passeio por Sabará através de nossas fotos:

O que fazer em Sabará:

  • Igreja Nossa Senhora do Ó: Representativa do barroco mineiro, possui influência chinesa no altar bem como painéis com traços orientais.
  • Chafariz da Confraria: Construção em pedra com linhas características do século XVII.
  • Igreja Matriz N. S. da Conceição: Datada de 1710, possui características das três fases do barroco: do estilo nacional português ao rococó. Assim sendo, além de apresentar talhas douradas, também apresenta ornamentos orientais bem como pia batismal atribuída ao Mestre Aleijadinho.
  • Museu do Ouro de Sabará: A antiga Casa de Intendência e Fundição do Ouro tinha o propósito de controlar a produção de ouro e o imposto destinado à Coroa Portuguesa.
  • Casa Borba Gato: Casarão do século XVIII construído em adobe e madeira.
  • Chafariz do Rosário: Construído em 1745, em pedra-sabão. Possui ornamentos como o escudo de armas de Portugal, enfeites em forma de conchas, paredes como pilastras e máscaras de onde jorra a água.
  • Igreja N. S. do Rosário: Datada de 1768 a construção da Irmandade de N. S. do Rosário dos Homens Pretos, demonstra o esforço do negro para ter sua igreja. Embora abandonada, em 1888, as ruínas guardam a capela de taipa de 1713. Além disso o Museu de Arte Sacra, com acervo dos séculos 18 e 19, funciona na sacristia.
  • Teatro Municipal de Sabará – Casa de Ópera: Apesar da fachada barroca sem ornamentos, o interior em madeira segue o modelo italiano, com galerias em três níveis.
  • Rua Dom Pedro II: Parte dos imóveis é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) com destaque para o Solar do Padre Correia, a Casa Azul e o Sobrado de Dona Sofia.
  • Chafariz do Kaquende: Construído em 1757, é abastecido por uma nascente do Morro de São Francisco.

O que fazer em Sabará: Uma experiência de algumas horas

Comece pela Rua Dom Pedro II pois parte do conjunto arquitetônico foi transformado em patrimônio histórico.

Quase em frente ao Solar do Padre Correia você encontrará a Casa Azul. Um imóvel que ostenta, em sua porta principal, um esplêndido trabalho com ombreira de linhas curvas e portada com rocalhas. Ainda mais se lembrarmos que existiam características arquitetônicas que demonstravam riqueza: a eira (pátio interno), a beira (acabamento avançado no telhado ) e as portas de madeira trabalhadas com refinamento.

De fato, havia uma expressão: “Sem eira nem beira”. Ou seja, se a casa não possuía nem eira nem beira, o dono não era endinheirado.

Mas retornando ao roteiro, passe pela Praça Santa Rita. Em seguida, rume para o Teatro Municipal (antiga Casa de Ópera) com sua fachada barroca. Siga caminhando até o Chafariz do Rosário. Ali você encontrará a inacabada Igreja N.S. do Rosário guardando a capela provisória.

Desça a Rua São Pedro, passe pelo Chafariz Corte Real, pelo largo da Igreja de São Francisco e, por fim, retorne a Praça Santa Rita.

Se for horário de almoço, aproveite para conhecer um dos restaurantes da região.

Análise de nossa experiência:

Quando eu e D. planejamos a viagem à Serra do Cipó, expressei minha vontade de conhecer Sabará. Afinal, a cidade localizada na Grande Belo Horizonte teve grande importância histórica; não apenas no período dos Bandeirantes como também no Ciclo do Ouro.

Por isso, em vez de ir direto para Lagoa Santa, dirigimos até Sabará.

Nossa intenção era passar algumas horas no centro histórico admirando o conjunto arquitetônico.

Não nos arrependemos. Pois, Sabará, definitivamente, vale uma vista. Nem que seja por algumas horas.

Como chegar em Sabará

  • Avião: Tanto o Aeroporto de Pampulha – Carlos Drummond de Andrade quanto o Aeroporto Internacional de Confins – Tancredo Neves servem a Belo Horizonte. No entanto, o Aeroporto Internacional de Confins é o mais próximo de Sabará.
  • Ônibus: Existe linha de ônibus intermunicipal a partir da Rodoviária de Belo Horizonte (Rua São Paulo, 190) para Sabará.

Onde se hospedar em Sabará

Nós não nos hospedamos em Sabará. Mas a cidade tem algumas opções de hospedagem e, a proximidade com Belo Horizonte amplia bastante a gama de opções

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Informações e Curiosidades:

  • Etimologia: Existem várias teorias para a origem do nome Sabará. Todavia, uma das mais prováveis é a corruptela do tupi-guarani sabaá (enseada, curva do rio) e buçu (grande), para designar o encontro do Rio Sabará com o Rio das Velhas.
  • História: A cidade originou-se a partir de um arraial de bandeirantes em fins do século XVII. Porém, com o crescimento do povoado, foi criada uma freguesia em 1707. No entanto, em 1711, foi elevada a vila com o nome de Vila Real de Nossa Senhora da Conceição do Sabará. Tornando-se cidade em 1838.
  • Ciclo do Ouro: Sendo uma das maiores produtoras de ouro da Coroa portuguesa, havia em Sabará uma Casa da Intendência com o propósito de cobrar o quinto (o imposto de 20% que o governo português cobrava de toda a extração mineral na colônia).
  • Arquitetura: Alguns artifícios eram utilizados, nos telhados, para evitar a infiltração da água das chuvas nas paredes, pois não havia calhas. Assim além das telhas feitas de barro haviam os beirais, que variavam de acordo com as condições econômicas do proprietário ou com a finalidade da construção:
    • Beira-Seveira (beira sob beira): Camadas de telha embutidas nas paredes.
    • Cachorro: Uma peça de madeira apoiada no frechal para sustentar o beiral do telhado.
    • Cimalha: Tipo de arremate na parte superior da parede combinando com o beiral do telhado.

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