Chapada Diamantina: O que fazer
Em busca do que fazer na Chapada Diamantina? Temos várias dicas para quem vai fazer base em Lençóis.
Mas antes, algumas informações sobre o destino.
O Parque Nacional da Chapada Diamantina fica a 400 km de Salvador e é destino certo para quem deseja aproveitar belezas naturais por meio de trilhas, grutas e cachoeiras.
São 7 municípios que fazem parte do Parque Nacional, embora Lençóis seja o mais popular. Uma vez que, além de possuir boa estrutura turística (que conta, inclusive com aeroporto) também oferece caminhos e trilhas que conduzem a atrativos naturais.
Aliás a cidade de Lençóis, surgida em meados do século XIX com a descoberta de jazidas de diamantes na região, mantém preservadas as construções de sua fase áurea.
Apesar do tamanho da Chapada Diamantina, e das agências de turismo oferecerem vários tipos de passeios, se você estiver de carro poderá visitar alguns atrativos por conta própria.
No entanto, a ausência de sinalização nas estradas e trilhas dificulta o acesso do viajante independente (mesmo utilizando aplicativos gps, como o waze e o maps.me) mas nada que derrube a perseverança do espírito aventureiro!
Finalizando, um aviso: Quando você visitar a Chapada Diamantina, planeje as trilhas aumentando o nível de dificuldade. Seu corpo vai agradecer!
Um passeio pela Chapada Diamantina através de nossas fotos:
O que fazer na Chapada Diamantina:
Dentro do perímetro urbano de Lençóis:
- Parque Municipal da Muritiba: Considerada a trilha mais leve e de fácil acesso. Com 30 minutos de caminhada chega-se aos Poços do Serrano, lugar excelente para banho e avistar Lençóis. Seguindo pela trilha ao longo do rio Lençóis, chega-se ao Salão das Areias Coloridas. Siga a trilha para a Cachoeira da Primavera. Na volta, pare na Cachoeirinha, com seu poço de águas cristalinas.
- Ribeirão do Meio: Um grande poço com um tobogã natural.
- Cachoeira do Sossego: Localizada a 4 km acima do Ribeirão do Meio, tem cerca de 20 metros de queda d’água. É uma trilha avançada.
Pela Chapada Diamantina:
- Rio Mucugezinho e Poço do Diabo: O Rio Mucugezinho dá origem a diversos poços, sendo, um dos destaques, o Poço do Diabo, com 20 metros de queda d’água.
- Morro do Pai Inácio: chega-se ao cume com 20 minutos de caminhada e 300 metros íngremes a partir do estacionamento (entrada permitida até as 17h).
- Marimbus: Nesta região pantaneira do semiárido baiano o percurso é feito em canoa. Pode-se observar grande variedade de vegetação aquática, diversidade de peixes de água doce e pássaros.
- Cachoeira da Fumaça: Com 360 metros de altitude, a água dessa cachoeira, no Vale do Capão, não chega a tocar no chão devido à força do vento que a redireciona para o topo do canyon.
- Cachoeira do Mosquito: Situada na Fazenda Santo Antônio, seu nome faz alusão aos pequenos diamantes, chamados mosquitos, que eram encontrados no local.
- Poço Azul: piscina subterrânea localizada em Itaeté, possui águas cristalinas de tom azulado.
- Gruta da Pratinha e Gruta Azul: Situadas na Fazenda Pratinha, possuem águas em tonalidade azul clara.
- Gruta da Fumaça: considerada uma das cavernas mais completas da região quanto às formações geológicas. Está localizada a 100 metros da rodovia BA-122. A taxa de entrada inclui o serviço de acompanhamento do guia.
- Gruta da Lapa Doce: um paredão de 72 metros de altura esconde a boca da gruta e para entrar é preciso fazer uma escalada íngreme. A taxa de entrada inclui o serviço de acompanhamento do guia e a visita tem duração de 01:30h.
- Complexo Arqueológico Serra das Paridas: 18 sítios arqueológicos, com quatro áreas de visitação com pinturas rupestres representando pessoas, animais e figuras geométricas.
O que fazer na Chapada Diamantina: Uma experiência de 5 dias
Dia 01: Lençóis
Em seu primeiro dia na Chapada Diamantina, além de conhecer o Centro Histórico de Lençóis, veja o por do sol do alto de um cartão postal: o Morro do Pai Inácio.
O acesso é fácil e a trilha conduz ao topo do morro de onde você verá a vastidão e o relevo da Chapada.
Dia 02: Trilha do Parque da Municipal Muritiba
No início da trilha você passará pelos poços do serrano e pelos salões de areia colorida.
Em seguida, virá a Cachoeirinha. Aproveite para se refrescar e siga o percurso até a Cachoeira da Primavera.
Dia 03: Poço Azul + Cachoeira do Mosquito
Ainda pela manhã, peque o carro, programe o gps e dirija aproximadamente 94 quilômetros até chegar a propriedade privada em que fica o Poço Azul.
Pague a entrada, pegue o colete e caminhe a curta distância entre o estacionamento e a atração. Você só terá 20 minutos de flutuação nas límpidas águas do poço.
Posteriormente, você dirigirá uns 90 quilômetros até a Cachoeira do Mosquito, em outra propriedade privada.
Pague a entrada e seguimos a trilha para a cachoeira. Do estacionamento até a cachoeira, percorre-se 1 km de uma trilha fácil porém rampada,mas nada que algumas pausas e um ritmo mais lento não resolvam.
Dia 04: Trilha Rio Mucugezinho + Gruta Azul (Fazenda Pratinha) + Gruta da Fumaça
Mais um dia de carro na estrada pela Chapada Diamantina.
A primeira parada será para percorrer a Trilha do rio Mucugezinho para chegar ao Poço do Diabo.
Em seguida, retome o carro e dirija até a Fazenda Pratinha para conhecer a Gruta Azul. Mais uma vez, você pagará entrada. O lugar é lindo. Ande um pouco, relaxe e, se quiser, almoce por ali.
Pois, ao sair da fazenda, você continuará dirigindo para a última atração do dia: a Gruta da Fumaça. Que fica em uma propriedade privada e, por isso, cobra pelo ingresso. O passeio é interessante com um guia mostrando as formações geológicas.
Dia 05: Cachoeira da Fumaça e Cachoeira do Riachinho
Contrate um guia para fazer esse passeio.
A menos que você seja trilheiro experiente ou conheça a região, nós aconselhamos a utilização de um guia pois depois da metade da trilha existem bifurcações que podem confundir.
A cachoeira da Fumaça fica em Palmeiras e a trilha para alcançá-la por cima tem 6 quilômetros, dos quais, o trecho inicial é bem íngreme. Levando-se em consideração que você não vai morar na cachoeira, são 12 quilômetros de caminhada. Um passeio de pura contemplação pois não dá para banhar-se na cachoeira da Fumaça, por este caminho.
Após visitar a Cachoeira da Fumaça, o passeio segue para a Cachoeira do Riachinho, nesta, sim, o banho é permitido e encorajado.
Análise de nossa experiência
A Chapada Diamantina é um lugar para caminhadas e alguma aventura. Porém, como os pontos de interesse são distantes, se você estiver de carro é possível fazer como nós e realizar muitos passeios por conta própria.
Caso contrário, relaxe, entre em um grupo e deixe-se levar por um guia da região.
Nós superamos o desafio da falta de placas indicativas através do uso de mais de um guia gps (inclusive com uso de mapas offline), muita conversa com outros viajantes e perseverança.
No entanto, cometemos um erro. Pois fizemos a trilha da cachoeira da fumaça logo no primeiro dia. O passeio foi lindo, mas um pouco puxado e o resultado foram pernas doloridas durante o resto da semana.
Como chegar em Lençóis, na Chapada Diamantina
- Avião: O Aeroporto de Lençóis – Horácio de Mattos tem voos regulares para Salvador/BA, Belo Horizonte/MG e são Paulo/SP.
- Ônibus: A Real Expresso oferece uma linha de ônibus intermunicipal ligando a cidade a Salvador.
Onde se hospedar em Lençóis, na Chapada Diamantina
Nós escolhemos ficar no Hi Hostel Chapada Suites pois além de estar em um casarão colonial, gostamos da interação e do espírito comunicativo das pessoas que se hospedam em hostels. Hoje, o local chama-se Pousada Nossa Casa.
Informações e Curiosidades:
- IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional): devido ao casario do século XIX, a cidade de Lençóis conseguiu seu tombamento em 1973.
- Parque Nacional da Chapada Diamantina: criado em 16 de setembro de 1985, possui uma área de 152 mil hectares distribuído pelos municípios de Andaraí, Ibicoara, Iramaia, Itaetê, Lençóis, Mucugê e Palmeiras e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
- Serra das Guaribas: forma a que os antigos moradores se referem à Serra das Paridas.
- Gastronomia: em Lençóis, cafés e cervejas artesanais produzidos na região são encontrados com a mesma facilidade que os pratos a base de tapioca, carne de bode, macaxeira, carne de sol e godó de banana.
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