Ollantaytambo: Uma cidade inca habitada

Pensando se vale a pena pernoitar em Ollantaytambo em sua viagem a Machu Picchu? Nós achamos que sim. Por isso, veja o que fazer em Ollantaytambo, uma autêntica cidade inca no Vale Sagrado.

Atualmente um dos distritos da Região de Cusco, Ollantaytambo data do final do século XV. Uma vez que o Inca Pachacuti, após conquistar a região, planejou e construiu a cidade com terraços agrícolas e um centro cerimonial.

Certamente a cidade era exuberante, já que suas construções eram de um padrão mais elevado. Uma vez que as paredes eram feitas com pedras cortadas em vez de pedras brutas. Não só nas construções que serviam de hospedagem para a nobreza, como também nos terraços agrícolas.

Porém, na conquista espanhola, o local tornou-se fortaleza militar servindo de reduto para o Inca Manco Yupanqui, o líder da resistência.

Podem ter perdido a guerra mas não a resistência. Ollantaytambo é a única cidade inca ainda habitada.

Além do sítio arqueológico, o pequeno distrito preserva o traçado da cidade pré-hispânica. Sua vias estreitas possuem canaletas de um sistema de distribuição que traz água da montanha. Assim como, por trás dos muros de pedra, casas ocupam os antigos espaços destinados aos alojamentos.

Ollantaytambo é uma obra de arte. Pois suas ruas, construções e ruínas fazem dela um museu a céu aberto.

Por isso, quando você planejar sua viagem a Machu Picchu, não faça de Ollantaytambo apenas um local de embarque no trem ou do início da trilha para Águas Calientes.

Tenha tempo para admirá-la com calma. Permaneça por uma noite. Assim você desfrutará da essência dessa criação do Inca Pachacuti: ser um local de conforto para os viajantes.

O que fazer em Ollantaytambo – Principais atrações:

Na cidade

• Ruínas de Ollantaytambo: O Templo da Água tem incríveis canais hidráulicos construídos em meio às montanhas. Enquanto que o Templo do Sol é uma construção era feita com grandes blocos de granito rosa perfeitamente talhados. Estima-se que cada bloco pese aproximadamente 100 toneladas. Embora, curiosamente, não exista esse tipo de rocha nas proximidades.
• Sítio Arqueológico de Pinkuylluna: A montanha, bem de frente para o Sítio Arqueológico de Ollantaytambo, abriga dois armazéns (chamados Colca) responsáveis por abastecer a cidade durante o império Inca.
• Igreja de São Tiago Apóstolo
• Plaza de Armas
• Igreja del Sr de Choquekillka
• Antigas ruas incas

Nos Arredores

• Cachoeiras Perolniyoc: As cachoeiras têm uma queda de mais de 100 metros de altura.
• Lagoa de Yanacocha: A lagoa negra é cercada por montanhas, possui diâmetro de 240 metros e profundidade, de 14 metros.
• Comunidade de Willoq: Preserva muitas das antigas tradições andinas como o cultivo da terra e a tecelagem.

O que fazer em Ollantaytambo: Uma experiência de 01 dia

Dia 01: Centro Histórico + Sítio Arqueológico (Fortaleza)

Aproveite o frescor da manhã para visitar o sítio arqueológico de Ollantaytambo. Assim, suba os 285 degraus dessa que é a última fortificação antes de chegar a Machu Picchu.

Simplesmente, vá subindo os degraus enquanto se surpreende com as construções. Seja com a quantidade de terraços agrícolas, seja com o tamanho das pedras e a forma como fazem desenhos.

Pois no templo do sol, as pedras vermelhas gigantes, e que não são encontradas na região, são encaixadas artisticamente.

Aproveite uma parada para recuperar o fôlego observando a vista do vale de uma das janelas da área de guarda. Assim, observe a precisão de sua localização uma vez que enxerga-se não apenas a entrada do vale mas também o ponto de passagem entre as duas montanhas.

Porém, no Templo das Águas, você verá a obra-prima de engenharia hidráulica com um sistema de aquedutos e fontes quase mágicas.

Saindo do Sítio Arqueológico, passe algum tempo no Mercado Turístico admirando o artesanato.

No caminho para a Plaza de Armas, você verá a Iglesia de Santiago Apostol. A Plaza de Armas é rodeada por construções em estilo barroco. Porém, note uma pequena igreja de grande importância cultural: a Iglesia del Sr. de Choquekillka. Ali pertinho, está o Mercado Municipal.

Depois caminhe pelas ruelas, de traçado regular, da antiga cidade planejada pelo Inca. Mas encerre visitando os colcas do Sítio Arqueológico de Pinkuylluna.

Como chegar em Olantaytambo:

• Avião: O Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete, em Cusco é o mais próximo e recebe voos de outras cidades peruanas e de outros países.
• Ônibus: De Cusco, na Calle Pavitos saem os ônibus que chegam à praça principal de Ollantaytambo (com uma parada intermediária na cidade de Urubamba.
• Tour pelo Vale Sagrado: Nós combinamos na agência de turismo em Cusco de utilizar o Tour pelo Vale Sagrado para ir a Ollantaytambo. Ou seja, combinamos que, além de levar nossas malinhas, abandonaríamos o grupo em Ollantaytambo. Dessa forma, unimos transporte com informação cultural. Como viajamos leve, não tivemos problemas em embarcar as malas de bordo na van turística.

Onde se hospedar em Ollantaytambo:

Nós escolhemos a Posada Inka Wasi que fica na área de construção planejada pelo Inca. Situada bem próximo a Plaza de Armas.

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Informações e Curiosidades

• Inca: É uma palavra quéchua para uma espécie de título ou distinção. Assim, pode significar senhor, rei, monarca, imperador ou chefe supremo.
• Salinas de Maras: Exploradas por uma cooperativa de famílias, as salinas funcionam desde o período pré-inca. A cor rosada do sal provém dos elementos naturais da água, incluindo: magnésio, cálcio, potássio e silício.
• Etimologia: Ollantaytambo, em língua quéchua, significa um lugar de descanso de onde se pode olhar do alto.
• História: Em Ollantaytambo o Inca e seus guerreiros rebeldes enfrentaram os espanhóis em 1537.
• Andenes: Terraços agrícolas que permitiam não só a agricultura em terrenos inutilizáveis, como também o aproveitamento de diferentes áreas ecológicas. Pois as diferentes altitudes das plataformas criam microclimas que permitem o cultivo de diferentes produtos.
• Terraços agrícolas de Ollantaytambo: Um dos melhores exemplos de engenharia agrícola do Império Inca. Pois possuem 700 metros de comprimento, 58 metros de largura e 15 metros de profundidade. Além disso, foram construídos em relação à posição do sol e do ambiente natural.
• A face no Pinkuylluna: Diz a lenda que Tunupa / Viracocha transmitiu tanto conhecimento nessa região, que sua face ficou gravada na pedra. Porém, historicamente, a face surgiu após um terremoto acontecido nos anos 1950.
• Festa do Senhor de Choquekillka: Segundo a lenda, um mascate viu uma cruz emitir uma forte luz enquanto girava em um redemoinho nas águas do rio. Assustado, caiu do cavalo e, por milagre, não morreu afogado. Em sonho, uma revelação para colocar a cruz em um recinto natural. Dessa forma, na huaca Choquekillka (em quéchua, “sala dourada”) foi colocada uma Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso a festa do Senhor de Choquekillka mescla catolicismo com cultos ancestrais.

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