Sem fôlego em La Paz
Se você deseja viajar para um lugar de tirar o fôlego, La Paz é o que você procura. Pois como a cidade está localizada 3.670 metros de altitude, você certamente ficará sem fôlego em La Paz.
Chegamos em La Paz de madrugada, num voo com conexão em Lima.
Tramites de imigração sem problemas, trocamos algum dinheiro ainda no aeroporto e nos dirigimos para o ponto de táxi.
A temperatura externa devia estar em torno de 2o C por isso não me surpreendi quando, ainda no saguão do aeroporto, um taxista nos abordou oferecendo seus serviços.
Embora fosse um dos táxis oficiais do aeroporto, antes de entrar no carro, me lembrei de combinar o valor da corrida até o hotel.
Valores acertados, malas no carro, seguimos para o hotel conversando amenidades com o motorista. Após um comentário sobre a boa conservação da estrada, D. atenta para o fato de que nosso percurso estava sendo todo em descida.
Por uma simples razão: o aeroporto internacional fica em El Alto, a 4.000 metros de altitude e La Paz, está a 3.670 metros de altitude
Devíamos estar com caras tão cansadas que o recepcionista apenas verificou nossa reserva, tirou cópias de nossos passaportes e nos deu as chaves dizendo que poderíamos completar o check-in e efetuar o pagamento quando acordássemos.
Assim, após concluirmos os trâmites do check-in, pegamos uma garrafa de água e fomos para a rua.
Adaptação a altitude:
Nosso objetivo era chegar na Calle Jaen. Uma rua lindinha com construções barrocas (algumas transformadas em museus).
Neste momento descobrimos que La Paz não é para os fracos. Para percorrer as ruas em ladeiras tivemos que caminhar lentamente e falar minimamente. Além disso, também parávamos constantemente para descansar e beber pequenos goles de água. Era como se estivéssemos em nosso primeiro dia de um treino de corrida.
Nosso segundo ponto era a Plaza Murillo. Porém, como teríamos que passar pertinho do hotel, optamos por fazer uma pequena parada para descansar.
Na recepção, garrafa térmica com água e chá de coca. De fato na mesinha com cortesias para os hóspedes, havia um kit para altura, que incluía um pequeno tubo de oxigênio. Foi a confirmação de que La Paz não é para os fracos.
Refeitos, voltamos para a rua para conhecer a Plaza Murillo bem como os prédios do governo, do congresso e a Catedral.
Dali, continuamos caminhamos pela Calle Comercio. Vendo alguns restaurantes populares, até ficamos curiosos para provar alguns pratos bolivianos. Mas o cansaço nos lembrou de nossos limites físicos e a precaução falou mais alto. Assim, resolvemos almoçar no restaurante macrobiótico ao lado do hotel. Uma vez que precisávamos de comida nutritiva e leve para ajudar na adaptação à altitude.
Passamos a tarde prostrados. Parecia que havíamos acabado nosso primeiro dia de treinamento intenso para uma maratona. Pois a altitude e o tempo frio nos exauriam. Não só durante as caminhadas.
Só para ilustrar a situação, nunca pensei que tomar banho requeria tanta energia. Uma vez que saímos do banho tão exauridos que precisamos descansar. Era como se tivéssemos praticado uma atividade aeróbica de alto impacto.
Lição aprendida em La Paz:
Ao nos tirar o fôlego, La Paz nos colocou frente a frente com nossas limitações físicas.
No entanto, ao longo dos 3 dias que ficamos na cidade, conseguimos ir nos ambientando à altitude de forma natural. Sem tomar as pílulas para o sorojchi, o mal estar causado pela altitude.
Nosso segredo foi: beber muita água, beber chá de coca e comer comida leve (mas nutritiva). Mas, acima de tudo, ficar atentos e respeitar os limites impostos pelos nossos corpos.
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