Sevilha: O que fazer em 3 dias

Quem busca o que fazer em Sevilha deve saber que a cidade possui relíquias que datam do século XI, quando ainda era domínio mouro. Além do que, Sevilha está localizada na região da Andaluzia, numa antiga rota comercial.

Pois a localização, estratégica para o comércio, propiciou uma mistura cultural que se solidificou. Ao longo do tempo, islâmicos, cristãos, judeus e ciganos passaram por Sevilha e, a sua maneira, enriqueceram culturalmente a cidade.

Em Sevilha, símbolos islâmicos foram incorporados à cultura cristã. Na catedral, o minarete da mesquita foi convertido em torre sineira e, pelo centro histórico, o estilo arquitetônico predominante é o ibérico mudéjar cuja principal caraterística é, justamente, a mescla de influências cristãs e islâmicas.

Dos judeus, comerciantes bem-sucedidos mas culturalmente isolados em suas comunidades, a cidade herdou aquele que é o mais antigo bairro judeu medieval espanhol.

A área foi revitalizada no século XVII e tornou-se um bairro tão pitoresco que inspirou óperas como Don Giovanni (de Mozart), O barbeiro de Sevilha (de Rossini) e Carmen (de Bizet).

Os ciganos “colocaram sua colher” neste caldeirão cultural através das artes e dos ofícios.

Hoje polêmicas, as touradas tiveram sua origem no ofício cigano de domar animais; enquanto que o flamenco é o resultado da miscigenação de ritmos ciganos com ritmos musicais indianos, islâmicos e espanhóis.

O que fazer em Sevilha – Principais atrações:

  • Real Alcázar de Sevilha: uma das mais antigas residências reais da Europa é um conjunto de palácios, também é chamado Reales Alcázares.
  • Santa Cruz: área do antigo bairro judeu, ou Juderia.
    • Calle Vida
    • Plaza de Dona Elvira
    • Calle Susona
    • Plaza de los Refinadores
    • Calle Pimienta
    • Plaza de Sta. Cruz.
    • Calle Lope de Rueda
    • Calle Santa Teresa
  • Jardin de Murillo
  • Plaza de España no Parque de María Luiza: Pontes decoradas em cerâmica; canais com barquinhos e painéis de azulejo que homenageiam províncias espanholas
  • Triana: O bairro onde nasceu o flamenco tem tradição cigana.
    • Mercado de Triana (entradas: Plaza de Altozano, Calle San Jorge, Calle Castilla)
  • Mercado Lonja del Barranco: Mercado Gourmet
  • Real Maestranza de Sevilha: Praça de touros mais antiga e de maior tradição na Espanha.
  • Torre del Oro: Parte do muro de proteção da cidade, era posto de vigia junto ao rio Guadalquivir. Abriga um museu marítimo.
  • Arquivo Geral das Índias: Centraliza cerca de 43.000 documentos com informações das colônias espanholas.
  • Catedral de Sevilha: A terceira maior igreja católica do mundo (5 naves, 25 capelas e uma área de cerca de 23.500 m2).
  • Metropol Parasol / Setas (Cogumelos) de Sevilla: Estrutura elevada que serve de mirante, com comércio no térreo e museu arqueológico no subsolo.

Nos Arredores

  • Córdoba
  • Cádiz

O que fazer em Sevilha: Uma experiência de 03 dias em Sevilha

Dia 01: Centro Histórico + Triana + Metropol Parasol

Nosso roteiro começa pela Catedral de Sevilha que fica a poucos metros do Real Alcazar.

Uma região muito movimentada com pessoas transitando e esperando para visitar os 2 principais monumentos da cidade. As atrações são enormes. Assim como costumam ser as filas de visitantes. Por isso, compre os tíquetes de visitação com antecedência.

Porém, no dia de hoje, visite apenas a Catedral de Sevilha.

Em seguida, caminhe pela área passando pela Plaza del Cabildo, pelo Arquivo das Índias, pela Plaza del Triunfo e siga até a Torre de Ouro.

Plaza de Toros de Sevilha
Plaza de Toros

Ali perto, a Real Maestranza, a praça de touros mais antiga da espanha, chama atenção. Uma parada rápida apenas para ver os cartazes anunciando a temporada das Touradas e continue caminhando pela orla do Guadalquivir.

Pois você atravessará o rio Guadalquivir para visitar o bairro Triana.

Ao atravessar a Ponte de Triana, logo na entrada do bairro, a estátua de uma dançarina de flamenco deixa claro o orgulho de suas origens e tradições.

Mas, explorando as ruas do bairro, você encontrará outra arte local famosa: as fábricas de cerâmica.

No entanto, a história do bairro não está ligada só às artes. Pois durante o período da inquisição o Castelo de São Jorge foi palco de perseguições.

Mas vamos falar de coisas mais prazerosas. Ao lado do Castelo de São Jorge, você encontrará o Mercado de Triana. Uma mistura deliciosa de bares e restaurantes com estandes de venda de carnes, pescados, frutas…

Seguindo em direção ao Centro Histórico, do outro lado da ponte de Triana mas ainda às margens do rio, está o Mercado Gourmet Lonja del Barranco.

No fim da tarde, vá até o Metropol Parasol.  Pois  a estrutura modernosa une bares, um mirante e um museu arqueológico.

Dia 02: da Cadetral ao Parque Maria Luiza (passando pela Juderia) + Visita ao Real Alcazar

Mais uma vez a Catedral será o ponto de partida do roteiro. Visto que, será a partir dela que você começará a caminhar pela área do antigo bairro judeu até chegar a Igreja de Santa Cruz.

Em seguida, rume para os Jardins Maria Luisa pois é o endereço da Plaza de España. No entanto, apesar de seu estilo arquitetônico, o prédio da Plaza de España foi construído para a feira ibero-americana de 1929.

Detalhe do Real Alcazar de Sevilha
Detalhe do Real Alcazar

Na saída, não só passe pelo Teatro Lope de Vega, como também pelo Palácio de San Telmo. Uma vez que o beiral de seu telhado exibe estátuas de personagens históricos.

Passe pela antiga Real Fábrica de Tabacos de Sevilla e corte caminho pelos Jardins de Murilo. Contudo, na Plaza Alfaro, pare para ver a sacada da casa que, dizem, inspirou a cena da Rosina na ópera “O Barbeiro de Sevilha”.

Perca-se pelas ruas da Juderia (o antigo bairro judeu) até conseguir retornar à Catedral.

Pois é o momento de visitar o Real Alcazar cuja construção começou nos anos 700dc e foi sofrendo transformações até o século XIX.

Dia 03: Dia Livre

Em nosso último dia faça um bate-volta a Córdoba ou Cádiz. Mas, se você ficar com preguiça, apenas ande a esmo por Sevilha apenas admirando e fotografando sem maiores preocupações culturais.

Como chegar em Sevilha:

  • Avião: O Aeroporto Internacional Sevilha – San Pablo liga Sevilha a cidades espanholas e de outros países. De tal forma que utilizamos a empresa RyanAir, no voo de Marselha (França).
  • Ônibus: A rodoviária Estación Plaza de Armas liga Sevilha a cidades espanholas e portuguesas. Dessa maneira, a empresa Rede Expressos nos levou até o aeroporto de Faro, na região do Algarve, em Portugal.
  • Trem: A Estação Santa Justa liga Sevilha a cidades espanholas.

Transfer do Aeroporto

O ônibus da Linea EA é do tipo urbano (sem porta-malas ou bagageiro). Mas demora cerca de 30 minutos para fazer o percurso do Aeroporto até a rodoviária Estación Plaza de Armas.

Como viajamos só com nossas malinhas de bordo, o serviço, apesar de desconfortável, serviu aos nossos propósitos.

Onde se hospedar em Sevilha:

Nós escolhemos o Un Patio al Sur, que fica dentro dos limites do centro histórico. Além disso Triana, o bairro que guarda a tradição flamenca, também está a uma distância caminhável do hotel.

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Informações e Curiosidades

  • Batismo: Foram os mouros que deram à cidade, o nome de Ishbiliya. Com o tempo, houve uma derivação para Shbiya que acabou gerando o nome Sevilla
  • Liberdade Religiosa: Durante oito séculos a Península Ibérica foi dominada pelos mouros. No entanto, havia tolerância religiosa e a religião judaica podia ser praticada livremente.
  • Decreto de Alhambra: No século XV, foi assinado o Decreto de Alhambra. O decreto estabelecia ou a conversão dos judeus ao catolicismo, ou a expulsão da Espanha.
  • Porta para a América: No século XV, com a conquista do Novo Mundo, a cidade tornou-se o primeiro porto europeu para a América.
  • Américo Vespucio: Assim como muitos outros geógrafos e cartógrafos, Américo Vespucio morou e faleceu em Sevilha.

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